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Centro Brasileiro Inovação e Sustentabilidade

Falta sustentabilidade nas florestas plantadas do Brasil.

Atualizado: 6 de dez. de 2023



O último relatório da silvicultura brasileira divulgada pelo IBGE em outubro de 2023 aponta um tímido crescimento de 8 mil hectares de florestas plantadas no Brasil. É um aumento insuficiente se considerar que em 2020, o mesmo relatório do IBGE informou 9,62 milhões de hectares. Em 2021 foi reduzido a 9,46 milhões de hectares e em 2022, 9,47 milhões de hectare.

O relatório permite várias análises sobre a economia florestal brasileira. No mesmo período em que há declínio de plantio, ocorreu o aumento de produção de 15%, mas o principal é a falta da sustentabilidade ambiental e social da silvicultura brasileira.

O relatório afirma o predomínio do plantio de eucalipto, representado 77%, pinus representando 19% e apenas 4% de outras espécies. Eucaliptos e pinus são espécies exóticas. Falta biodiversidade. Falta também oportunidades de crescimento pessoal e social ao redor das monoculturas.

O Brasil tem grande oportunidade de expandir a economia florestal, principalmente se priorizar a pesquisa e a inovação às espécies nativas, e as suas cadeias produtivas, com arcabouço legal garantindo a segurança jurídica e política fiscal para aumento da competitividade da indústria brasileira e para atração de investimentos.

Atualmente, as cadeias produtivas de espécies nativas perdem mercado nacional para virtude das espécies exóticas, mas também perdem mercado em razão das condições especiais aplicadas aos produtos importados de origem florestal, fomentam a importação, e não o fortalecimento da economia florestal.

O investimento em florestas plantadas está alinhado a agenda ESG e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS, entretanto, é necessário um olhar mais atencioso as espécies nativas a fim de garantir o crescimento sustentável da economia florestal. O bambu tem potencial para desempenhar um papel importante na economia florestal brasileira, sendo um produto versátil florestal não lenhoso que também é conhecido por sua capacidade de restaurar terras e paisagens, ajudando a conservar o solo e a água, melhorar a qualidade da terra, controlar a erosão e se adaptar às mudanças climáticas. Como suas raízes longos, fibrosas e rasas, o bambu tem sido descrito como um aglutinante de solo. O bambu também aumenta o teor de carbono, absorve grandes volumes de CO2 e adiciona húmus ao solo.

Em 2025, o Brasil receberá a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas - COP 30, e esperamos um amplo apoio a diversidade florestal seja explorada pelas autoridades locais, criando oportunidades para todos.



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